quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fogo

"A distância faz ao amor aquilo que o vento faz ao fogo: apaga o pequeno, inflama o grande."

Ilustração de Elisabete Da'silva

sábado, 18 de junho de 2011

domingo, 12 de junho de 2011

Força de Vencer

"Existem homens que lutam um dia e são bons; existem outros que lutam um ano e são melhores; existem aqueles que lutam muitos anos e são muito bons. Porém, existem os que lutam toda a vida. Estes são os imprescindíveis."


sábado, 11 de junho de 2011

O Meu Olhar

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás...
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem...
Sei ter o pasmo comigo
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras...
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do mundo...
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.

Eu não tenho filosofia: tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso,
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência é não pensar...

Fernando Pessoa 

 

sexta-feira, 10 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Nó no Lençol

"Numa reunião de pais numa escola, a professora ressalvava o apoio que os pais devem dar aos filhos e pedia-lhes que se mostrassem presentes, o máximo possível...
Considerava que, embora a maioria dos pais e mães trabalhasse fora, deveriam arranjar tempo para se dedicar às crianças.
Mas a professora ficou surpreendida quando um pai se levantou e explicou, humildemente, que não tinha tempo de falar com o filho nem de vê-lo durante a semana, porque quando ele saía para trabalhar era muito cedo e o filho ainda estava a dormir e quando regressava do trabalho era muito tarde e o filho já dormia.
Explicou, ainda, que tinha de trabalhar tanto para garantir o sustento da família, mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava compensá-lo indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa.
 Mas, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo.
 Quando o filho acordava e via o nó, sabia logo, que o pai tinha estado ali e o tinha beijado.
 O nó era o meio de comunicação entre eles.
 A professora emocionou-se com aquela história e ficou surpreendida quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola.
 Este facto, faz-nos reflectir sobre as muitas maneiras de as pessoas se mostrarem presentes, e de comunicarem com os outros.
 Aquele pai encontrou a sua, que era simples mas eficiente.
E o mais importante é que o filho percebia, através do nó, o que o pai estava a dizer.
 Simples gestos, como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou a presença indiferente de outros pais.
É por essa razão que um beijo cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, ou o medo do escuro...
 É importante que nos preocupemos com os outros, mas é também importante que os outros o saibam e que o sintam.
 As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem reconhecer um gesto de amor.
 Mesmo que esse gesto seja apenas e só, um nó num lençol..."