A vida encontra-se perfumada pelos instintos da
sobrevivência humana. Aqui e ali, seguem-se caminhos, obtêm-se direcções e
questionam-se escolhas. Há uma infinidade de emoções reluzentes para lá dos
vitrais das portadas. Encontra-se nestes fragmentos de vivências humanas peças
que se adequam, que se interlaçam, que se evidenciam do tamanho do seu querer. A
brisa deixa debaixo do degrau do calçado a coragem do avançar. Os corpos vêm-se
abraçados por esta combustão de emoções, pela inacreditável necessidade do
possuir. Flagram fluídos e murmúrios da tentação do ajuntamento das almas, da
partilha, dos afectos, da sensibilidade do toque, da perigosidade do olhar
(ainda que há distância), escorrendo timidez sobre os ombros, apoiado na brusca
necessidade da saudade.
Floresce nesta cair de Outono a necessidade uma Primavera ofegante
e vigora tentadora para um próximo encontro. Na verdade temos linhas e segmentos
diferentes, mas não duvidemos pois há linhas que se cruzam!
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