segunda-feira, 22 de abril de 2013

Num País Chamado Terra


Houve, e ainda que em tempos, circunstâncias em que o álcool que me invadia o sangue era fonte, quase inesgotável, de partituras salpicadas de vidas. A dicotomia das palavras fluía com uma solvência natural e o seu real tacto era, inequivocamente, intocável!
Houve, em tempos, a necessidade de prenunciar esse laivos de palavras ao mundo, mas as forças tendiam em não tender para o papel, sendo que, inúmeras vezes, desconhecia a sua existência, a sua localização, o seu real valor. (Estava nos primórdios do coma).
Vivamente sóbrio, neste momento; minto(!): o sono apodera-se minuciosamente de mim. Enfrasco-me em água cristalina, na ânsia, frustrada, de conectar com essas entidades divinas do além, capazes, que sabe, de reconstruir todos os pigmentos que em tempos, como constatava, eram em mim toda uma realidade. 


Um comentário:

  1. Até os mais "puros", têm as suas necessidades de experimentar ir testar os seu limites, seja qual for a origem dessa necessidade...
    Neste momnento (a caminho dos 28), fui "obrigado" a abulir uma série de coisas que são potencialmente nocivas; no qual se inclui o alcool (foi-me diagnosticada uma disfunção no estômago, a qual consigo controlar através da seleção do que como e da forma como vivo...).
    E conto-te isto, porque não me arrependo nada das minhas bebedeiras e noites (e dias) de exageros, pois todos esses momento me permitiram ter diversos contactos e experiências que têm que ser vivenciados, quer queiramos ou não (quase como o cair quando se aprende a andar, quando somos bebés).

    Agora que tomas-te contacto com diferentes realidades, cabe-te a ti o traçar o destino e as ações que pretendes tomar e o caminho que achares mais correto.
    Não te devendo esqueceres, que pode existir um equilibrio entre diversas formas e estilos de vida; podendo tu criares um único e próprio estilo! :)

    ResponderExcluir