Regina (assim lhe vou chamar porque me parece um nome deveras artístico de uma verdadeira profissional do ramo), é uma mulher de abastada manobra psicológica, que tem os seus objectivos bem traçados: a defesa dos seus interesses.
Os seus fins transformam meios. Evidência experiência, que lhe propociona um ataque milimétrico, no local certo, no tempo certo. Quanto ao seu estado civil é divorciada, uma vez que quando se iniciou no meio ainda não possuía a experiência necessária nem o profissionalismo que adquiriu ao longo dos anos. Desse casamento resultaram dois contratempos – “Sílvia” e “Paulo” – ambos na casa dos 30 anos, com uma vida moralmente aceitável, ao contrário da vida da sua progenitora.
Actualmente, e apesar de ter um dito emprego que frequenta quase de livre vontade, a sua prioridade é a obtenção duma vida de caprichos, financiada e apoiada por outrem.
“Carlos” é pai de três filhos, tem uma vida financeiramente estável e com um património considerável. Psicologicamente é apontado como um conformista, que faz do trabalho a sua prioridade. Casara com “Vitória”, mãe dos seus filhos, que por má fortuna falecera.
Regina e Carlos cruzam-se por acaso, ou talvez não. Carlos é desafiado por Regina a terem um caso, que rapidamente se torna mais sério para ambos. Carlos vê em Regina a oportunidade de estabilizar a sua vida emocional bem como confortar os seus filhos. Contrariamente Regina vê em Carlos a verdadeira oportunidade de ter aquilo com tudo o que deseja: assegurar o futuro de forma fácil.
Poucos meses após se conhecerem Carlos convida-a a ir viver para sua casa. Regina vê assim o primeiro passo para a seu triunfo e aceita de seguida, apesar de ter clara noção que a família de Carlos não era de acordo, nem muito menos o filho mais velho do esposo. Regina não hesitou, habituada a desafios, este era apenas mais um.
Poucos meses após se conhecerem Carlos convida-a a ir viver para sua casa. Regina vê assim o primeiro passo para a seu triunfo e aceita de seguida, apesar de ter clara noção que a família de Carlos não era de acordo, nem muito menos o filho mais velho do esposo. Regina não hesitou, habituada a desafios, este era apenas mais um.
Os tempos que se seguiram foram tão catastróficos como os de uma intempérie. Mas Regina manobrou com audácia a situação apesar de ter de manter a sua dupla personalidade com Carlos e conseguir com que os filhos deste a aceitassem.
Com o passar dos anos Regina lima as suas arestas, apodera-se de vários veículos, vê as contas pagas, e ainda lhe é proporcionado outros luxos fáceis, que adora. De facto os seus objectivos estavam a cumprir-se e a sombra do sucesso dava vantagem e garantias para Regina prosseguir.
(…)
Numa noite, assolado pela falsidade, e enquanto aguardava a chegada do sono, para que que lhe atenuasse a revolta que trazia dentro de si, “Sérgio”, filho mais novo de Carlos, escreveu o seguinte testemunho, quase num tom irónico:
“Hoje olho-a e o sentimento maior que me invade é a falsidade.
O público, esse, assiste sentado na plateia, sem dar a sua opinião, mas à medida que a acção se desenrolar, o enigma aumentará, o horizonte escurecerá. Porém agora o teatro está mais próximo do fim, as personagens estão a começar a revelar o que são, estão a abrir o jogo e a mostrar os sues verdadeiros interesses. Embora que da personagem principal, dessa ninguém quer ver a verdade, nem acreditar numa verdade indiscutível: a hipocrisia.
Ela é perfeita. Consegue virar o pai contra os filhos. Os filhos bem tentam mostrar a verdade ao pai, mas ele, na verdade, não quer ver.
(…)
Ameaçou sair de casa para o meu pai ter pena dela, disse que nós só queríamos era a herança, e no fundo é ela que não contribuí nada para a casa, o lucro do pouco que trabalha é todo limpinho, provavelmente até está a fazer um plano poupança reforma, tempos que pensar no futuro! E ainda critica de que faz mais do que ela, alegando que a verdadeira “escrava” dorme todo o dia.
Quando é que tiram a máscara à protagonista? Quando queremos ver quem nos rodeia? Quando é que vamos desvendar a falsidade?
(…)
E quando a peça acabar, a verdade restaurada vou criar um novo horizonte, uma família mais unida, irão ver quem tem a razão.”
Anos depois, os alertas de Sérgio foram, de facto, realidade. Mas a história e as aventuras de Regina transcendem em muito o aqui descrito. Ela levou a sua profissão, a sua ânsia de alpinismo social, ao extremo do que ela própria conseguia e muito fica por contar…
Obrigada (:
ResponderExcluirEu tambem :b
ResponderExcluirTem frases que se aplicam mesmo a algumas circunstâncias da minha vida.
Vou seguir, beijinhos (:
Muito obrigada (:
ResponderExcluirGostei muito *.*
que bom saber isso :)
ResponderExcluirtb gostei do teu blog e ja o estou a seguir :)
ResponderExcluirSer criança dá sempre saudade :)
ResponderExcluir*Gostei muito do blog :)
sigo*
ResponderExcluirMuito obrigada pelo comentário no Letras (:
ResponderExcluirObrigada, também gostei de descobrir este espaço. (:
ResponderExcluirMuito obrigada. E já agora, tu escreves mesmo bem a sério ! Vou seguir. *
ResponderExcluir"Quando é que vamos desvendar a falsidade?". É verdade, quando é que a tornamos verdadeira? Quando é que fazemos dela real o suficiente para que saibamos que é mesmo a "Falsidade"? Excelente texto. continua... :)
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluiré como te disse amigo, está simplesmente fantastico '
ResponderExcluiré quase como um filme, em que tudo que vemos e ouvimos é como se fosse nosso , como se lá estivessemos. E eu ao ler o que escreves-te , senti isso. Senti como se fosse eu a personagem principal.
não consigo descrever a tua personalidade, nao consigo descrever a tua capacidade.
é algo que não está ao alcance de milhares de pessoas !
Tenho um orgulho imenso em ti '
Este pequeno espaço reflecte a tua força, a tua coragem para enfrentar todos os problemas que surgem !
Musica excelente e apropriada , já para não falar das cores !
O teu fundo , vejo-o como : A VIDA NÃO É FACIL, A VIDA PREGA-NOS PARTIDA, A VIDA É UM PECADO !
ADORO-TE <3
PARABÉNS.
uma historiabem real hein? os pais nunca ouvem os filhos, acham sempre que os nao temos razao e que somos imaturos e nao sei que mais. mas no fim de contas acertamos no que vai acontecer a seguir. como se se tivesse tratado de um deja vu.
ResponderExcluirgostei imenso deste, :p
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