Oh vida, nesse sorriso maléfico e nessa ânsia de poder, de ódio, de vingança, vais deslizando. És uma rameira que vagueia os seus valores; és puta vida: vendeste ao esperma alheio, ao dinheiro e tal como puta, que és, todos te desejam, mas só te compra quem pode. E traveste-te de gente com o teu punhal erguido, que só espetas nas costas, porque tu és puta, és terrena, dás o corpo às balas, apesar de só receberes flores. Todavia, como puta que és, a tua mira é certeira.
Oh vida, és incrivelmente puta ,alugaste, dás-te em troca do sofrimento alheio. És puta, e como puta que és, e sabes sê-lo, dás-no o prazer instantâneo, e nós fraquejamos. Mas tu és puta, e como puta que és, és aquilo que quiseres, pois o teu olhar é como o nevoeiro de Inverno, vago e frio que gelas corpos e sufocas as almas; mas és puta e, na verdade, todos queremos provar um pedaço do teu pecado mortal. Oh vida, vendes-me o amanhã? É que o hoje já te paguei…
Gostei imenso *-*
ResponderExcluirNão tenho palavras para tal...como eu me vejo neste poema!
ResponderExcluirgosstei mesmo muito ! :)
ResponderExcluirIsto está fantástico... Parabéns! Já te estou a seguir, gostei muito do blog ;)
ResponderExcluirEstá mesmo qq.
ResponderExcluirContinua assim, de certeza que irão aparecer inúmeros seguidores!