O
silêncio cai sobre a noite envergonhada e pulveriza os corpos com o odor
intenso das vontades; as cortinas de linho deixam antever, no entretanto dos
seus tecidos, este peculiar cair da noite.Da
visão que separa sonhos e realidades, estão corpos nus. Vibram com o brotar das
emoções, deslizam entre o físico ardente e o perceptível encarnar do sangue que
flutua nas mãos carregadas do possuir.
A
respiração vê-se seduzida pela quentura dos corpos, pelo escarne do divinal
pecado.
Suspendem-se
no “glamour” deste felino olhar que emana do silêncio, que quebra e enfeitiça
os corpos, que cuspe fogo e deixam-se murmúrios de si…
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