quarta-feira, 9 de maio de 2012

Corpos


O silêncio cai sobre a noite envergonhada e pulveriza os corpos com o odor intenso das vontades; as cortinas de linho deixam antever, no entretanto dos seus tecidos, este peculiar cair da noite.Da visão que separa sonhos e realidades, estão corpos nus. Vibram com o brotar das emoções, deslizam entre o físico ardente e o perceptível encarnar do sangue que flutua nas mãos carregadas do possuir.
A respiração vê-se seduzida pela quentura dos corpos, pelo escarne do divinal pecado.
Suspendem-se no “glamour” deste felino olhar que emana do silêncio, que quebra e enfeitiça os corpos, que cuspe fogo e deixam-se murmúrios de si…  


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